A Polícia Civil realizou na manhã desta sexta-feira (15), a segunda fase da operação “Octopus”, que visa combater fraudes na quilometragem de veículos automotores. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva contra um homem de 34 anos, oito mandados de busca e apreensão em empresas investigadas e sete mandados de condução coercitiva, em Belo Horizonte, de suspeitos de encomendaram as adulterações.
A prisão preventiva foi aplicada ao principal executor do esquema, pois no momento da prisão foi encontrado um aparelho específico, avaliado em R$ 70 mil, utilizado para realizar as fraudes nos hodômetros de automóveis, além da quantia de R$ 12 mil em dinheiro e cheques.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em seis lojas de revenda de veículos e em duas oficinas, do pai e do tio do suspeito preso, onde foram apreendidos equipamentos também utilizados na adulteração. Um veículo Fiat/PuntoT-jet, supostamente adulterado, também foi apreendido.
Os mandados de condução coercitiva são referentes aos revendedores e lojistas que são investigados por encomendar fraudes em quilometragem de veículos automotores. “Posteriormente os veículos seriam revendidos como seminovos para consumidores de boa fé”, explica o delegado responsável pelas investigações, Eduardo Vieira.
Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil conseguiu confrontar os dados de históricos de vários veículos, que apresentavam disparidade entre a quilometragem de entrada em revendedoras e de saída para os consumidores. Aproximadamente 120 veículos já foram identificados pela polícia, em Belo Horizonte, com sinais desse tipo de adulteração.
A polícia apurou que haveria dois tipos de fraude: por troca do painel eletrônico e adulteração eletrônica. No caso da troca de painéis, um painel com quilometragem maior é interposto por um painel, do mesmo modelo, com quilometragem menor. Já na adulteração eletrônica, os criminosos utilizam equipamentos para alterar o registro direto na centralina eletrônica.
As investigações continuam com o objetivo de identificar todas as pessoas/lojistas que encomendam os serviços fraudulentos de adulteração de quilometragem, bem como para identificar outros responsáveis pela execução das fraudes.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de estelionato, adulteração de sinal identificado de equipamento automotivo, associação criminosa e crimes contra as relações de consumo.
O delegado alerta a população para evitar a aquisição de veículos com suspeita de adulteração. “Uma forma de se prevenir dessa fraude é o consumidor sempre solicitar às concessionárias ou autorizadas o histórico de manutenção do veículo, para poder comparar se há divergências”, informou.
“Octopus” em inglês significa polvo, esse animal possui oito tentáculos. Sendo assim a operação recebeu esse nome porque o esquema investigado pela Polícia Civil envolve diversas pessoas que executam fraudes em veículos. A ação contou com um efetivo de cerca de 50 policiais civis.
A primeira fase da operação Octopus ocorreu em setembro de 2014, quando mandados de busca e apreensão foram cumpridos em lojas de veículos situadas no Portal Auto Shopping de Belo Horizonte.
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