Com um aumento de 2% ao ano de novos casos no mundo, o câncer de pulmão atinge todos os anos a 28 mil homens e mulheres no Brasil, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Os fatores de risco que mais influenciam para o surgimento da doença incluem histórico familiar e a exposição a agentes cancerígenos, dentre eles o tabaco. Homens e mulheres com idade entre 54 e 74 anos que tenham fumado um maço de cigarros por dia por um período de pelo menos 30 anos, e até mesmo quem parou de fumar há menos de 15 anos estão dentro da população de risco.
Como esse tipo de câncer só costuma apresentar sintomas quando já se encontra em estágio mais avançado, é preciso estar atento — pois apesar de sua agressividade, pode ser curado se diagnosticado precocemente. Para proporcionar um diagnóstico precoce o núcleo de doenças pulmonares e torácicas do Hospital Sírio-Libanês reuniu uma equipe multidisciplinar para rastreamento de câncer de pulmão, composta por cirurgião torácico, pneumologista, radiologista e oncologista. Essa equipe conta com a ajuda de equipamentos de última geração, entre eles a tomografia computadorizada de baixa dose para um diagnóstico mais preciso.
Esses equipamentos facilitam o diagnóstico precoce do câncer de pulmão. De acordo com o Dr. Ricardo Terra, cirurgião de toráx do núcleo de doenças pulmonares e torácicas do Hospital Sírio-Libanês, “Já foi demostrado que para pacientes que têm alto risco de ter câncer de pulmão, uma forma de detectá-lo de forma precoce é a realização da tomografia de tórax, uma vez que o raio-X não é suficiente para captar nódulos pequenos”, explica. Inicialmente é feita uma avaliação inicial do paciente, que em seguida é encaminhado para a realização do exame de tomografia. O resultado é analisado pela equipe multidisciplinar junto com o paciente. “O número de nódulos encontrados nesses exames não é pequeno. O importante é diferenciar os nódulos que precisam ser investigados dos que precisam ser acompanhados”, observa o Dr. Terra.
Após essa primeira análise é feita a definição dos próximos passos, que pode exigir uma investigação detalhada do nódulo ou simplesmente o seu acompanhamento. O objetivo maior é tentar reduzir a mortalidade por câncer de pulmão, minimizando inclusive os riscos com procedimentos invasivos. “No passado o grande desafio era fazer um exame que capturasse os nódulos, mas que oferecesse baixo risco ao paciente. Na época, a tomografia oferecia uma radiação muito alta, que poderia acarretar o desenvolvimento de outras neoplasias. Hoje, com o suporte da tomografia computadorizada de baixa dose os riscos são mínimos”, afirma Dr. Terra.
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