Substância tóxica usada em sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes, o dietilenoglicol foi encontrado em dezenas de lotes de diferentes rótulos de cervejas produzidas pela cervejaria mineira Backer. Todas as pessoas que apresentaram sintomas da síndrome nefroneural tinham consumido a bebida pouco tempo antes – o que levou as autoridades a investigarem a fábrica e as cervejas da Backer.
As pessoas hospitalizadas apresentaram sintomas semelhantes – insuficiência renal aguda de evolução rápida (ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas) e alterações neurológicas centrais e periféricas que podem ter provocado paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, alteração sensório, paralisia, entre outros sintomas.
Até a publicação desta reportagem, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais ainda estava verificando detalhes sobre este sétimo caso. Já a Polícia Civil confirmou que o corpo está passando por necrópsia no Instituto Médico-Legal (IML).
Há mais de um mês não se registrava uma morte associada ao consumo da bebida. O sexto óbito confirmado pela secretaria estadual ocorreu no dia 3 de fevereiro, e a identidade da vítima não foi confirmada. A quinta morte por intoxicação ocorreu no mesmo dia 3 de fevereiro. A vítima foi o juiz titular da 28ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), João Roberto Borges, 74 anos. Na ocasião, ao menos 29 pessoas tinham apresentado os sintomas de intoxicação por dietilenoglicol
Até o dia 7 de fevereiro, data em que a Secretaria de Saúde divulgou o último boletim sobre o caso, 31 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol já tinham sido notificados. Desses, 26 pessoas eram do sexo masculino e cinco, do sexo feminino; 22 eram moradores de Belo Horizonte e os demais casos estavam distribuídos pelas cidades de Capelinha, Contagem, Nova Lima, Pompéu, Ribeirão das Neves, São João Del-Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que cerca de 50 pessoas já foram ouvidas no inquérito que investiga a síndrome nefroneural. O conteúdo dos depoimentos não será divulgado para não atrapalhar as investigações.
Em nota, a Backer lamentou a morte e afirmou que já ter entrado em contato com a família, se colocando à disposição para ajudar no que for necessário. A cervejaria disse ainda que, com a decisão do Tribunal de Justiça de desbloquear parcialmente os bens da empresa, terá “finalmente condições de oferecer suporte aos clientes e às famílias, como sempre foi o nosso desejo”.
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