Os candidatos ao Governo de Minas participaram durante a noite desta terça-feira, 2, do último debate antes das Eleições. Realizado pela TV Globo, o mediador foi o jornalista Ismar Madeira. Divido em quatro bloco o programa também teve transmissão ao vivo também pelo portal G1.
Participaram do debate os candidatos: Adalclever Lopes (MDB), Antonio Anastasia (PSDB), Claudiney Dulim (Avante), Dirlene Marques (PSOL), Fernando Pimentel (PT) e Romeu Zema (Novo).
Considerações finais
Fernando Pimentel (PT): “Bom, primeiro eu quero agradecer à Rede Globo, pelo debate, quero agradecer aos telespectadores que nos acompanharam até aqui, aos candidatos que participaram do debate, valorizar este momento. Eu sou da geração que lutou contra a ditadura militar e lutou para ter liberdade de imprensa, liberdade de expressão, de organização, de participação política. Então, a minha geração, hoje, ao participar de um momento como este se sente de alguma forma recompensada. Ao mesmo tempo, temerosa pelos riscos que a democracia brasileira está correndo neste processo. Mas eu vim aqui, humildemente, para pedir aos mineiros um voto de confiança. Nós estamos trabalhando muito pelo estado. Eu conheço os problemas do estado. Tenho falado deles com sinceridade, fiz uma campanha baseada na verdade. E eu quero continuar trabalhando por Minas Gerais. Coloco minha experiência, minha trajetória, eu fui prefeito, fui ministro. Eu coloco tudo isso a serviço do povo de Minas. As dificuldades existem e nós vamos vencê-las. Eu já falei a solução, a saída. Nós vamos criar o fundo previdenciário, vamos reequilibrar as contas do estado. E logo logo vamos estar regularizando repasses, regularizando esta questão de parcelamento de salário e continuando as políticas que estão dando certo, os programas que estão dando certo. Disso nós entendemos bem. Programas sociais, que apontam para melhorar a qualidade de vida das pessoas, descentralizar, desburocratizar. É o que nós estamos fazendo. Taí o exemplo da segurança, taí o exemplo da educação, nosso compromisso com a valorização dos professores. Tudo isso está mantido. Vai melhorar, minha gente. Nós temos que ter esperança, fé, eu tenho muita, em nosso povo e em Deus. E digo sempre: Minas está acima de tudo, nós vamos continuar trabalhando por Minas Gerais. É por isso que eu peço e volto a dizer, insisto, peço a você um voto de consciência. Um voto naquele que você considera melhor. Não quero manipular ninguém. Mas eu peço a você, vote no 13. Minas vai continuar avançando”.
Antonio Anastasia (PSDB): “Muito obrigado. Cumprimento a todos que nos acompanham até este momento. Mas eu queria confessar a vocês. Em algum momento, neste debate, eu tive vontade de rir e controlei porque é um debate sério. Mas foram tantas e tantas as aberrações faladas aqui pelo candidato Pimentel que eu pensei com meus botões “em que mundo ele vive?”. Dizer que durante 12 anos não há uma obra? Minas tem 853 municípios. Nós fizemos estradas asfaltadas em 220, um quarto dos municípios mineiros tem asfalto hoje por conta das obras de nosso governo. E quantos faltaram? Cinco. Por que? Eram cinco estradas federais que o PT se recusou a fazer e ele não fez no seu governo, por maldade, para perseguir esses cinco municípios. Saneamento. Acabou com a questão de Belo Horizonte. É verdade. Por que? Ele inaugurou a obra que nós começamos, licitamos, fizemos tudo, e ele, em poucos meses, inaugurou a obra. Foi só isso. Inauguração de obra. E ainda mais. Dizer que não atraímos empresas para Minas. Ele, na verdade, me acompanhou como ministro que era da Dilma, senadora paraquedista, nas obras e empresas que eu trouxe para Minas: Alparcatas, Mercedes, a Sumitomo, em Jeceaba, tantas e tantas. Mentiras sobre mentiras. Faço questão de registrar isso. Mas, agora, eu me dirijo a você, com muita tranquilidade, serenidade, que é a minha característica, para dizer que nós vamos acabar com isso. Varrer o pesadelo do PT de Minas Gerais. 31 de dezembro é o fim deste momento ruim do estado. Baixa autoestima, sem salários, sem saúde, sem emprego, e você sente isso no seu dia-a-dia. Na realidade, o governo do PT foi um desastre para Minas Gerais. São Paulo vai bem, aqui foi citado, porque lá, por sorte, nunca o PT governou. E eu espero que isso não ocorra novamente no Brasil. E por isso, eu vou pedir muito a vocês para nós, juntos reconstruirmos Minas Gerais. Para isso, eu preciso do seu apoio e do seu voto. 45 no dia 7. Muito obrigado. Vamos juntos reconstruir nosso querido estado”.
Adalclever Lopes (MDB): “Eu quero agradecer a todos os mineiros, principalmente aqueles que nos assistem até essa hora. Dizer que a nossa ideia é unir os mineiros. Pegar todos os políticos e com a reivindicação de Minas Gerais. Eu não vou ser governador de uma sigla partidária, eu vou ser governador estado de Minas Gerais. Nós vamos reunir todos os partidos, todos os mineiros, para reivindicar o que Minas Gerais precisa e muito: da unidade para reivindicar nacionalmente o que precisa. Quando eles colocam a culpa em um governo ou do outro, eu acho que nós temos que parar de terceirizar a culpa e começar, imediatamente, a unir todos os mineiros para reivindicar de Brasília, do governo federal, o que Minas tem direito. Temos R$ 140 milhões a receber , temos R$ 100 milhões a pagar, portanto, R$ 40 milhões que podem ser pagos em programas diretamente para o estado de Minas Gerais. Nós temos hoje uma deficiência muito grande, que não tem um política para as pessoas com deficiência. Nós temos quase 3 milhões de pessoas, que precisam ser assistidas imediatamente. Então, eu quero pedir a cada mineira, cada mineiro, que olhe bem em quem vai votar, quem é o candidato que vai escolher. Eu quero ser o governador dos mineiros, de todos os mineiros. Eu quero ser um governador que chegue em Brasília com a unidade política. Nós vamos buscar o que o mineiro sempre teve: serenidade, tranquilidade. Eu preciso, neste dia 7, que você escolha bem, escolha o 15. Eu agradeço a todos e desejo uma boa noite”.
Claudiney Dulim (Avante): “O candidato Anastasia disse, com muita propriedade, que em alguns momentos aqui do debate dá vontade de rir. A maioria dos meus momentos aqui eu tive vontade de chorar. Em respeito a você. Mas de qualquer forma, eu quero agradecer a todos os candidatos, aos partidos, a toda a equipe da Rede Globo que cobre esse debate. Mas principalmente, eu quero agradecer a você, eleitor e eleitora, que está acordado até essa hora para tomar a sua decisão em relação às eleições já de domingo. Vocês viram que foi um processo eleitoral diferente. Um processo eleitoral mais enxuto. Um processo eleitoral com menos sujeira, com menos militância na rua. E nós, com todas as nossas limitações, tentamos chegar até você e dar o nosso recado. A minha candidatura foi uma das últimas a serem colocadas, mas foi muito bem recebida por todos os mineiros e mineiras, por que vocês compreenderam porque eu quero ser o estado perto de vocês. Eu quero ser o estado lado a lado com vocês e isso é possível fazer, nós perdemos isso em Minas Gerais. Nós vamos fazer isso juntamente com vocês. Ouvindo as pessoas, ouvindo os servidores, ouvindo os seguimentos organizados da sociedade. Mas eu quero chamar vocês a uma profunda reflexão. Se ao longo desses anos a sua vida não mudou em razão somente do seu próprio esforço. Conte conosco enquanto estado para poder estar na sua vida atuando com você. Nós queremos trazer essa reflexão e que você faça com muito cuidado. Quero também agradecer todos os candidatos a deputado estadual e federal do avante 70, que estão participando desse processo numa luta muito grande por toda Minas Gerais, exercendo a sua liderança com altivez e propriedade, todos os candidatos e candidatas do Avante. Quero também fazer registro do nosso candidato ao senado Edson P, que está lutando, caminhando por Minas Gerais, número 700, que precisa do seu apoio e voto. E quero chamar a sua atenção para a eleição de Rodrigo Pacheco para o senado federal. Minas precisa de pessoas como o Rodrigo Pacheco, esse jovem brilhante, na frente, capitaneado as nossas questões no senado federal e Ciro Gomes presidente da república. Minas, meu coração está com você, vou cuidar de vocês”.
Dirlene Marques (PSOL): “Boa noite a todos vocês, as pessoas que estão agora em casa assistindo este debate. Boa noite a esta equipe da TV Globo que está até este horário aqui conosco. E cumprimento também os candidatos. Foi um prazer ter convivido durante este tempo com vocês. Mas lamentamos, profundamente, a ausência neste debate de alguns partidos que fariam a diferença aqui. É o caso da Rede e do PSTU. Seria muito importante para completar esse processo democrático e pudesse levar todas as posições até vocês, que também tivesse a Rede o PSTU aqui conosco. Bem, durante esta campanha, eu viajei por Minas Gerais. Andei por todos os lados possíveis. Claro, dentro dos limites e das condições que tínhamos, nós viajamos o máximo possível por Minas Gerais. Conversamos com muita gente. Mas encontramos muita desilusão, muita desesperança com a política. Havia sempre a crítica das pessoas à política que estava aí. A política do toma lá dá cá, a política da troca de favores, a política da corrupção. E a gente sempre teve um papel de dizer esta não é a política. A política é a política do social, do coletivo, que é aquilo que nós temos que fazer. Que é aquilo que os movimentos sociais fazem. Foi a partir deste tipo de construção, das lutas dos movimentos sociais que nós também produzimos um programa que é um projeto de sociedade. Porque nós convivemos com toda esta sociedade e conseguimos fazer a produção deste documento. Mas agora nós estamos aqui porque nós estamos apresentando um projeto que pode superar essa desesperança. É um projeto do PSOL e do PCB, com as nossas candidaturas a deputada federal e deputada estadual, que pedimos o seu voto. Pedimos o seu voto no 50 e no 21”.
Romeu Zema (Novo): “Eu quero agradecer aos demais candidatos, à Rede Globo, a você que ainda está nos assistindo. E quero aqui fazer um comentário, uma comparação que eu acho bastante adequada. Quando a gente vai numa fazenda e se aproxima de um chiqueiro, logo que isso acontece, a gente sente um cheiro bem desagradável. Mas, basta ficar ali perto do chiqueiro, por algum tempo, que esse cheiro desagradável some porque nós acabamos acostumando com ele. Eu diria que a política no Brasil tem acontecido isso. Quem está dentro da política só enxerga que a coisa funciona com conchavo, com cabide de empregos, com toma lá dá cá e coisas dessa natureza. E, eu que estou chegando de fora, estou vendo que dá para fazer muito diferente, estou sentindo que o cheiro é ruim e não vou me acostumar com esse cheiro. Então, eu poderia estar muito bem na minha casa, tranquilo, lá na minha cidade, que é muito agradável — Araxá –, mas estou aqui. Amanhã viajo de madrugada, como sempre tenho feito, porque acredito em mudanças. Os mesmos políticos de sempre que estão aí há mais de 20 anos à frente do nosso estado, não vão fazer as mudanças que nós precisamos. Eles criaram os problemas e eles não sabem resolver os problemas. Nós precisamos de alguém de fora para poder fazer isso. Eu peço aí o seu apoio. O Novo é o único partido que tem processo seletivo para candidatos. Então, quem votar em deputado estadual, federal, senador, presidente do Novo, vai estar votando em gente boa. E aqueles que querem mudança, com certeza, podem votar aí nos candidatos diferentes, que é o Amoêdo e o Bolsonaro. Então, fica aí o meu abraço a todos”.
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