A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (17), a Operação Cargas D’Água, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida em roubos de cargas transportadas por caminhões dos Correios e da empresa Mercado Livre. Os crimes ocorriam principalmente na BR-251, entre os quilômetros 202 e 365, no Norte de Minas Gerais.
Durante a ação, cerca de 40 policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão e sete intimações judiciais nos municípios de Cachoeira de Pajeú (MG), Santa Cruz de Salinas (MG) e Barra do Choça (BA). A operação contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com a investigação, iniciada em 2023, o grupo atuava de forma estruturada e com elevado nível de sofisticação. Os criminosos utilizavam balaclavas, roupas de manga longa, luvas, rádios comunicadores, lanternas de alta potência e até bombas incendiárias para bloquear a rodovia e forçar motoristas a parar. Em uma das ações, registrada em vídeo, o bando ateou fogo na pista e, usando luz intensa para desorientar o condutor, desviou o caminhão para uma estrada vicinal, onde parte da carga foi saqueada.
As cargas roubadas incluíam produtos de alto valor, como eletrônicos e smartphones. Segundo a PF, os criminosos demonstravam conhecimento prévio sobre os itens transportados e realizavam o saque de forma seletiva. Há ainda suspeitas de envolvimento de motoristas de carga, incluindo um caso em que um caminhoneiro, suposta vítima do crime, foi flagrado utilizando parte da carga roubada dias após o assalto.
As investigações apontam o distrito de Águas Altas, na zona rural de Cachoeira de Pajeú, como possível ponto de armazenamento e redistribuição das cargas subtraídas, o que deu nome à operação.
Além do armamento sofisticado, como pistolas, revólveres calibre .38 e espingardas calibre 12, a quadrilha utilizava diversos tipos de veículos para facilitar a execução dos crimes e a fuga, incluindo caminhonetes, vans, furgões e guinchos.
O material apreendido será encaminhado para perícia técnica, e a Polícia Federal seguirá com a análise dos dados. Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, roubo qualificado e receptação, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
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