Operação investiga esquema de corrupção e entrada de celulares no presídio de Visconde do Rio Branco

A Operação Pela Ordem, deflagrada nesta segunda-feira (16) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), apura crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação e associação criminosa no Presídio de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata. Segundo as investigações, celulares eram introduzidos na cadeia mediante pagamento de propina de até R$ 5 mil por aparelho, além de favorecimentos ilegais a servidores públicos. Uma advogada foi presa suspeita de atuar como intermediária na entrada dos aparelhos.

De acordo com o MPMG, o esquema envolve policiais penais, agentes públicos, presidiários e advogados. O foco das investigações é a entrada irregular de celulares no presídio, que ocorria mediante pagamento de propinas e favores ilícitos.

No primeiro dia da operação, estão sendo cumpridos 13 mandados judiciais, espalhados por Visconde do Rio Branco, Ubá, Juiz de Fora, São Geraldo (todas na Zona da Mata) e Duque de Caxias (RJ). Dentre esses mandados, dois são de prisão temporária, oito de busca e apreensão e três de afastamento de policiais penais de seus cargos.

Uma advogada de Ubá foi detida pela Polícia Militar Rodoviária enquanto seguia para Juiz de Fora. Durante a operação, também foram apreendidas armas de fogo, documentos e aparelhos eletrônicos.

A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Polícias Militar, Civil e Penal de Minas Gerais, além do Ministério Público do Rio de Janeiro.