Reunião para definir futuro do Hospital Maria Amélia Lins, em BH, termina sem acordo

A audiência de conciliação que buscava uma solução para a situação do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), localizado na área hospitalar de Belo Horizonte, terminou sem acordo nesta quinta-feira (15). A proposta apresentada pelo Governo de Minas previa a reabertura de apenas uma sala do bloco cirúrgico, restrita a procedimentos de Ilizarov, técnica utilizada para correções ósseas complexas.

No entanto, a medida foi recusada tanto pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) quanto pelos representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG). Diante do impasse, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais convocou uma nova audiência de conciliação para o dia 10 de junho, às 17h. O Ministério Público acionou a Justiça contra a decisão do Estado, que pode levar ao fechamento definitivo de todo o bloco cirúrgico do hospital.

Segundo deputados estaduais que acompanham o caso, a proposta do Governo de Minas era reabrir apenas uma sala do centro cirúrgico, que vem alternando entre fechamentos e reaberturas desde dezembro. Essa ala seria destinada exclusivamente à realização de cirurgias pelo método Ilizarov, voltado à reparação de lesões ósseas graves.

A tentativa de conciliação ocorre em meio a uma disputa judicial sobre o fechamento do centro cirúrgico, que permanece sem funcionar desde dezembro de 2024. Desde então, os profissionais da unidade foram transferidos para o Hospital João XXIII.

Em nota, a Advocacia-Geral do Estado (AGE) informou que, com a transferência das cirurgias complementares do HMAL para o Hospital João XXIII, o Governo de Minas pretende utilizar o Maria Amélia Lins para ampliar a oferta de cirurgias eletivas em Belo Horizonte, ajudando a reduzir a demanda reprimida na capital e na região metropolitana.

“Com a transferência das cirurgias complementares do HMAL para o Hospital João XXIII, o Governo de Minas pretende que o HMAL absorva a ampliação das cirurgias eletivas em Belo Horizonte, ajudando a desafogar a demanda por cirurgias na capital e na região metropolitana”, informou em nota, a Advocacia Geral do Estado (AGE).