A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou nesta sexta-feira (28) a sétima morte por dengue no estado, sendo a primeira registrada fora do Triângulo Mineiro. A vítima é uma idosa de 70 anos, moradora de Areado, no Sul de Minas.
Conforme a secretaria, ela sofria de comorbidades, como cardiopatia e doença reumática. O caso levanta a preocupação com o avanço da doença no estado, que já contabiliza mais de 19 mil casos confirmados de dengue.
Na última quarta-feira (26), a cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, registrou a segunda vítima fatal da região. A morte foi de um homem de 85 anos, que possuía câncer de próstata e sequelas de AVC. Além disso, os municípios de Uberlândia, Itapagipe e Iturama também tiveram vítimas fatais, sendo que as mortes ocorreram entre os meses de janeiro e fevereiro.
Em 48 horas, os casos confirmados de dengue em Minas Gerais subiram 10,5%, passando de 17.253 para 19.068. Além disso, 37 óbitos seguem sob investigação pela SES-MG, o que reforça o aumento da preocupação com a doença no estado.
Embora o número de mortes tenha se mantido baixo em comparação ao mesmo período de 2024, quando houve um pico da epidemia com 394 óbitos, a situação ainda exige atenção redobrada das autoridades e da população.
Mortes anteriores e o avanço da epidemia
As seis primeiras mortes por dengue ocorreram no Triângulo Mineiro, com destaque para o caso de uma mulher de 87 anos de Iturama, que faleceu em 8 de janeiro, após apresentar sintomas da doença. As demais vítimas fatais eram pessoas idosas, com comorbidades como hipertensão e doenças renais. Com isso, a região tem se tornado um dos focos de atenção para as autoridades de saúde.
Embora a SES-MG continue investigando óbitos, o aumento de casos tem se refletido também no número de vítimas por outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como chikungunya e zika. O estado já registrou 3.094 casos confirmados de chikungunya e investiga um óbito pela doença, enquanto não há mortes confirmadas por zika.
Medidas emergenciais em Uberlândia e Uberaba
Diante do aumento dos casos, a Prefeitura de Uberlândia decretou situação de emergência em saúde pública na última quarta-feira (26), com a implementação de uma série de medidas para controlar a transmissão das arboviroses. A decisão envolve a contratação de profissionais para o sistema municipal de saúde, aquisição de insumos e materiais, e a possibilidade de entrada forçada em imóveis públicos e privados para combater focos de mosquito. A situação emergencial tem vigência de 180 dias, podendo ser prorrogada.
A cidade de Uberaba também anunciou, no mesmo dia, que publicará um decreto de emergência, considerando o agravamento da situação no município. Além disso, a SES-MG criou, desde fevereiro, uma Sala de Monitoramento das Arboviroses para acompanhar a evolução da doença e coordenar ações em todo o estado.
Combate ao mosquito e uso de tecnologia
Para combater o avanço das arboviroses, a SES-MG tem trabalhado de forma integrada com os municípios e implementado novas tecnologias, como o monitoramento de áreas de difícil acesso por drones. Esta medida tem permitido a identificação de focos de dengue em locais de difícil acesso, como caixas d’água e piscinas descobertas. A aplicação de larvicidas é realizada de forma mais precisa, visando a erradicação do mosquito transmissor.
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