Influenciadora digital que ostentava vida luxuosa é alvo de operação em BH

Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), realizada nesta terça-feira (22), resultou na prisão de uma influenciadora digital de 25 anos, suspeita de promover jogos de azar e rifas ilegais em suas redes sociais. A mulher, que conta com mais de 214 mil seguidores, ostentava um estilo de vida luxuoso, com viagens internacionais e bens de alto valor, financiados por meio das atividades criminosas.

Investigações e provas

As investigações tiveram início em julho deste ano, após denúncias de que a influenciadora estava divulgando plataformas de apostas online e organizando rifas com prêmios em dinheiro e serviços estéticos. A 1ª Delegacia Especializada em Investigação de Crime Cibernético, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof), constatou que a suspeita obtinha lucros consideráveis com essas atividades e lavava o dinheiro proveniente dos crimes.

Um relatório de inteligência financeira (RIF), emitido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), revelou movimentações financeiras atípicas e pulverizadas da influenciadora, totalizando cerca de R$ 2 milhões, um valor incompatível com sua renda declarada.

Operação e apreensões

Com base nas evidências, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência da suspeita, onde foram encontrados diversos bens de luxo, como joias, roupas de marca, eletrônicos e veículos. A influenciadora confessou ter adquirido os bens por meio dos jogos de azar e das rifas, mas tentou ocultar a localização de alguns deles.

Além dos bens apreendidos, a polícia também encontrou um simulacro de arma de fogo e maços de notas de papel com a foto da suspeita, simulando dólares americanos. A influenciadora afirmou receber cerca de R$ 40 mil por mês com suas atividades nas redes sociais, sendo metade proveniente das plataformas de jogos de azar.

Continuação das investigações

Os bens apreendidos serão periciados e as investigações continuam para apurar a extensão da organização criminosa e identificar outros envolvidos. A Polícia Civil alerta para os riscos da participação em jogos de azar e rifas ilegais, que podem resultar em prejuízos financeiros e até mesmo em crimes.