Desde o início de 2023, diversas seguradoras têm incorporado o modelo Insurance as a Service (IaaS) em suas operações, visando modernizar suas ofertas e se alinhar às demandas do mercado contemporâneo. Essa tendência é destacada em relatórios da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), que apontam para a crescente digitalização no setor de seguros. Segundo a CNseg, a adoção de tecnologias digitais, como soluções baseadas em nuvem, tem aumentado substancialmente, com várias seguradoras modernizando suas operações para atender melhor as necessidades dos consumidores.
O Insurance as a Service se diferencia dos modelos tradicionais ao oferecer seguros como um serviço sob demanda, em que o cliente paga apenas pelo que realmente necessita. Na essência, o IaaS funciona como uma “cessão de seguro”, onde empresas podem oferecer produtos de seguro sob sua marca, mas utilizando a infraestrutura e a expertise de uma seguradora parceira. Essa mudança é viabilizada por tecnologias avançadas como big data e inteligência artificial (IA), que permitem a coleta e análise de dados em tempo real. Dessa forma, as seguradoras conseguem criar perfis detalhados dos clientes e oferecer produtos altamente personalizados. A Internet das Coisas (IoT) também desempenha um papel crucial, fornecendo informações constantes que ajudam a ajustar as apólices de seguro de forma dinâmica.
No entanto, a implementação do IaaS no Brasil enfrenta desafios significativos, principalmente no que diz respeito à segurança dos dados e à adaptação das seguradoras a esse novo modelo digital. A conformidade com regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é crucial para garantir a proteção das informações dos clientes e manter a confiança no setor. Além disso, a transição para o IaaS exige investimentos substanciais em infraestrutura tecnológica e uma mudança cultural dentro das empresas, segundo dados extraídos da DataGuidance.
Eliseu Stelmatchuk, Diretor da Sudaseg, uma das seguradoras que lideram essa transformação no Brasil, compartilha suas percepções sobre essa tendência emergente. “A Sudaseg está investindo em tecnologia para não apenas acompanhar, mas liderar essa transformação. Estamos utilizando IA para melhorar a análise de riscos e personalizar as ofertas de seguro, algo que seria impensável há poucos anos,” comenta Stelmatchuk.
A tendência de Insurance as a Service está rapidamente redefinindo o futuro do setor de seguros no Brasil. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) destaca que as seguradoras que conseguem se adaptar a essa nova realidade estão bem posicionadas para atender às crescentes expectativas dos consumidores por produtos mais flexíveis, acessíveis e personalizados. À medida que o IaaS continua a ganhar força, ele promete não apenas transformar a maneira como os seguros são vendidos e comprados, mas também aumentar a competitividade e a eficiência do mercado como um todo.
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