Segundo relatório divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) de nome Índice de Confiança da Indústria (ICI), publicado em janeiro de 2024, foi apontada uma elevação de 1,8 ponto em janeiro, atingindo 97,4 pontos, marcando o melhor resultado desde agosto de 2022, quando atingiu 100,0 pontos. Na média móvel trimestral, o índice registrou um avanço de 2,2 pontos, chegando a 95,4 pontos, conforme revelam os dados divulgados pelas instituições.
A análise feita pelo estudo ainda mostra dados por segmentos e revela que, em janeiro, 15 dos 19 setores industriais pesquisados pela Sondagem apresentaram aumento na confiança. O Índice Situação Atual (ISA) subiu 2,8 pontos, atingindo 97,8 pontos, o maior patamar desde setembro de 2022. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,8 pontos, atingindo 97,0 pontos. Ainda sobre o relatório, entre os componentes do ISA, o indicador que mede o nível de estoques teve uma queda significativa de 4,5 pontos, alcançando 99,4 pontos, indicando a primeira vez que o indicador fica abaixo do nível de neutralidade desde setembro de 2022. Os indicadores que medem o nível atual de demanda e a situação atual dos negócios subiram 1,9 e 2,1 pontos, respectivamente.
O estudo também apontou dados sobre expectativas. O relatório aponta que houve uma melhora nas perspectivas sobre a produção nos próximos três meses, com um aumento de 3,6 pontos, alcançando 99,3 pontos. A tendência dos negócios nos próximos seis meses também avançou 2,8 pontos, atingindo 96,5 pontos, o maior patamar desde setembro de 2022. No entanto, o indicador que mede o ímpeto sobre as contratações recuou 4,1 pontos, atingindo 95,4 pontos. É possível observar também que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) manteve relativa estabilidade, variando -0,1 ponto percentual em janeiro, para 81,0%.
Sobre os dados do relatório, Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE, afirmou que após um fim de ano menos pessimista, o setor industrial começa 2024 com alta na confiança. A recuperação se mantém pelo quarto mês consecutivo e com características semelhantes ao observado nos últimos meses. A alta de janeiro reflete a percepção de melhora dos empresários em relação à situação atual, resultado do aumento da demanda e do movimento de escoamento de estoques que alcançam o nível neutro pela primeira vez desde 2022. Em relação aos próximos meses, há uma melhora das expectativas sobre o ambiente de negócios e produção prevista de forma disseminada entre segmentos da indústria. Essa evolução parece estar relacionada a um cenário de facilitação de crédito, controle da inflação e de melhora na demanda durante o ano que se inicia.
José Antônio Valente, diretor da empresa de franquia rentável Franquias Trans Obra, afirmou que a compreensão da situação atual e das expectativas futuras, como evidenciado pelos índices ISA e IE, fornece uma base sólida para a formulação de estratégias de curto e médio prazo. A queda no indicador de estoques, por exemplo, ressalta a importância de uma gestão eficiente da cadeia de suprimentos, permitindo aos gestores ajustar suas práticas para atender à demanda de maneira mais ágil e otimizada. “A divulgação de relatórios como este desempenha um papel crucial na capacitação dos gestores industriais. Essas informações detalhadas e contextualizadas são uma ferramenta valiosa para a tomada de decisões estratégicas informadas, contribuindo para a resiliência e a competitividade sustentável das indústrias em um cenário econômico dinâmico”.
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