O conjunto de práticas, políticas e estruturas organizacionais que buscam estabelecer e manter um sistema de gestão eficaz em uma empresa é conhecido como governança corporativa. Estas regras, normas, princípios e processos definem como uma companhia é dirigida, administrada e supervisionada, com o objetivo de proteger os interesses dos acionistas, garantir a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa.
Para o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), a transparência em relatórios obrigatórios ajuda as empresas a amadurecer seu posicionamento no mercado e a definir práticas mais assertivas, além de favorecer a aprendizagem contínua.
A tecnologia de Inteligência Artificial (IA) vem sendo usada em diversos setores e áreas da sociedade. Se por um lado, oferece oportunidades e agilidade em tarefas, por outro, a falta de uma regulamentação mais ampla e definida gera incertezas e preocupações.
“As IAs podem ser aplicadas de diversas formas, desde a predição do comportamento dos clientes para oferta de bens e serviços até análise de crédito em tempo real, combate a fraudes e melhoria da cibersegurança. Mas a adoção da tecnologia traz consigo enormes desafios, como por exemplo as implicações éticas, que exigem uma regulamentação da tecnologia”, afirma Maurício Ferro, empresário e advogado.
Ferro cita como exemplo o filme Minority Report, em que a inteligência preditiva é utilizada para evitar crimes, mas tem uma margem de erro. “Mesmo pequena, se houver um caso na margem de erro, coloca todo o sistema em questão. É preciso ter diretrizes para o uso responsável e traçar fronteiras, limites para o uso da inteligência artificial”, explica o advogado.
Futuro
A tecnologia pode ter um papel significativo na evolução da governança corporativa, com o uso de ferramentas como a citada Inteligência Artificial, análise de dados e blockchain para melhorar a transparência, a eficiência e a segurança dos processos de governança. Isso pode incluir aprimoramentos na divulgação de informações, na gestão de riscos e na comunicação com os stakeholders.
“Por enquanto, legisladores, ativistas e acadêmicos debatem os limites éticos da inteligência artificial. Sem uma diretriz universal ou governamental, cabe às empresas se policiar”, conclui Ferro.
Para saber mais, basta acessar: www.mauricioferro.com.br
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