A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Estrela do Sul, no Triângulo Mineiro, prendeu em flagrante agente penitenciário contratado, de 43 anos, suspeito de tráfico de drogas, favorecimento de fuga de detentos e porte ilegal de arma de fogo e munições. A operação da PCMG ocorreu na noite da última quinta-feira (20) e contou com apoio da Polícia Militar e do Sistema Prisional.
De acordo com o delegado Eduardo Placheski Trepiche, o agente estava sendo investigado há quatro meses por tráfico de drogas, inclusive em seu local de trabalho. Minutos antes da diligência para buscas nas celas, um policial militar, que estava do lado de fora da unidade, viu o momento em que o agente abriu o portão para a saída de dois presos. O fato relatado pelo agente penitenciário às autoridades competentes, cerca de 10 minutos após o ocorrido.
Os presos, Marcos Roberto Firmino da Silva, 32 anos, e Diego da Silva, 24, foram recapturados por agentes penitenciários que estavam participando da operação, já em via pública, próximo a uma estrada na saída da cidade.
Com a dupla foi localizado um revólver calibre 38, sem registro, que teria sido cedida pelo investigado. Os levantamentos da PCMG indicaram que a arma seria do agente penitenciário. Com ele também foram apreendidos R$ 572, com suspeita de procedência ilícita.
Já no interior da cadeia, a equipe encontrou em uma das celas duas pedras de crack e um cachimbo, e, em outra, uma garrafa pet contendo resquícios de bebida alcoólica. Apurações da Polícia Civil apontam que em todas as guardas que estava trabalhando o agente permitia e franqueava a entrada de drogas e bebidas alcoólicas na unidade. Para tanto, cobrava dos presos quantias em dinheiro, o que foi constatado, mediante teste de etilômetro, que os dois fugitivos estavam embriagados.
Na porta da unidade também estavam dois homens em um carro, que ao perceber a presença da equipe de policiais fugiram do local, desobedecendo a ordem de parada, sendo abordados posteriormente. O condutor e o passageiro foram autuados por desobediência, sendo lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para audiência na Justiça. A PCMG irá investigar se eles estão ligados a alguma prática delituosa.
O agente investigado foi encaminhado ao sistema prisional e está à disposição da Justiça. Os presos recapturados foram reconduzidos à cadeia e irão responder, também, por porte ilegal de arma de fogo.
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