A ExpressVPN, empresa que oferece um serviço de rede privada virtual, anunciou a retirada de todos seus servidores VPN (Virtual Private Network, ou Rede Privada Virtual, em tradução livre) baseados na Índia. A decisão foi tomada devido ao anúncio de nova regra na Índia, em vigor a partir de 25 de setembro, que obriga as empresas a armazenarem por pelo menos cinco anos os nomes reais dos usuários, endereços IP atribuídos a eles, padrões de uso e outros dados de identificação.
A nova lei de dados indiana é, de acordo com representantes da empresa baseada nas Ilhas Virgens Britânicas, incompatível com o propósito das VPNs, projetadas para garantir a privacidade das atividades on-line dos usuários – os serviços da ExpressVPN são oferecidos por meio de um software comercializado como uma ferramenta de privacidade e segurança que criptografa o tráfego da web dos usuários e mascara seus endereços IP.
“Nós nos recusamos a colocar os dados de nossos usuários em risco”, afirma Harold Li, vice-presidente da ExpressVPN. “Seguimos uma política de nunca permitir o registro de dados e projetamos nossos servidores VPN para evitar que isso aconteça, pois eles são executados usando a memória RAM, sem que contemos com servidores físicos”.
O executivo explica que a política de privacidade da empresa é clara em apontar a proibição da coleta de registros de atividade do usuário, “inclusive registro de histórico de navegação, destino de tráfego, conteúdo de dados ou consultas de DNS”. Além disso, não podem ser armazenados registros de conexão, “o que significa que não há registros de endereços IP pessoais e/ou de VPN de saída, carimbos de data e hora de conexão ou durações de sessão”.
Com um servidor virtual, o endereço IP registrado corresponde ao país ao qual você escolheu se conectar, ao passo que o servidor está fisicamente localizado em outro país. De modo geral, os VPNs são usados, quando necessário, para fornecer conexões mais rápidas e menos rastreáveis. Li explica que, para quem ainda deseja se conectar a localizações VPN na Índia, a empresa fornece duas localizações de servidor virtual, via Singapura e via Reino Unido.
“Como uma empresa focada em proteger a privacidade e a liberdade de expressão on-line, a ExpressVPN continuará a lutar para manter os usuários conectados à internet aberta e livre, com privacidade e segurança, independentemente de onde estejam localizados”, afirma o vice-presidente da ExpressVPN. “Este problema não é novo nem único no atual cenário geopolítico, por isso fomos capazes de nos mover rapidamente e ajustar a nossa infraestrutura para manter a integridade de nossos serviços VPN”, complementa.
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