O produtor musical Thiago Basso fala sobre os desafios da música em acompanhar o mercado consumidor
“Tum, tum, tum” quem não se lembra de icônica música da Britney Spears “Baby, One More Time” ou da aclamada música “I Want to get Away” do Backstreet Boys e tantos outros sucessos que dominaram as paradas nos últimos anos.
O que há em comum é que essas e outras centenas de músicas, foram produzidas por Max Martin, um produtor musical suéco, com inglês carregado e que preferiu usar músicas com alto impacto nos primeiros segundos, inglês básico de nível primário e rápido ápice da música com o refrão marcante.
Thiago Basso, produtor musical responsável por diversos hits nacionais, como “Beber, cair e levantar”, comenta que “para se manter no mercado musical, levando em conta a evolução dos consumidores, é preciso compreender que se não houver impacto logo de ‘cara’, o ouvinte muda de faixa ou de estação de rádio”.
“O consumidor está cada vez mais exigente e quando vemos exemplos das músicas que marcaram gerações, Max Martim faz exatamente isso. Uma rápida quebra de padrão, frases curtas e músicas que estimulam logo nos primeiros segundos”, explica Thiago.
Perguntado sobre as tendências musicais atuais, Thiago revela que “há uma crescente onda pelo resgate às raízes, mas que o músico que quer se manter no mercado disputadíssimo que é o fonográfico, precisa inovar sempre, ou estará fadado ao lançamento semanal de um novo hit, na tentativa de agradar o público”.
“Se analizarmos Luiza Sonza, Anita, Pablo, Glória Groove entre outros, podemos perceber a evidente marca registrada musical desses excelentes artistas, mas que não fazem músicas por apenas gostar ou ser a sua profissão, mas pensam a música para o momento de cada ouvinte, criando um elo de conexão, muitas vezes emocional e isso faz falta no mercado da música raíz”, comenta o produtor.
A indústria fonográfica movimenta hoje U$ 13,4 bilhões e tudo isso graças aos serviçoes de streamming que foram essenciais durante a pandemia, colocando o Brasil no terceiro lugar como o país com mais assinantes de serviços de assinatura, segundo pesquisas realizadas pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês).
Para o produtor “esse movimento foi crucial para vermos a riqueza cultural e musical do Brasil, mas é preciso estar preparado para as inovações, pois o mercado está mudando rápido demais e quem não acompanhar esse movimento, poderá ficar ultrapassado”, finaliza Thiago Basso.
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