De acordo com o delegado Gustavo Gomes, a vítima, mediante julgamento sumário, foi cruelmente torturada. A motivação está ligada ao fato de o jovem ser acusado de ter sumido com uma porção de drogas. “O adolescente, que trabalhava como ‘olheiro’ e ‘aviãozinho’ para o grupo, foi levado para um cafezal e submetido a intensos castigos”, conta o delegado. Ele completa que todos os envolvidos têm relação com o tráfico de entorpecentes e porte ilegal de armas, e também serão indiciados por esses delitos.
No decorrer da investigação, que durou cerca de dois meses, a equipe identificou que seis suspeitos teriam participação no crime de tortura. A autoridade policial representou pela prisão preventiva deles, sendo decretada pelo Juízo da comarca. Hoje, foram cumpridos cinco mandados: de Jonatan Gonçalves Felisbino, de 19 anos; Renato da Silva Gabriel, de 19; Paulo Roberto Leonor Júnior, de 18; Rodrigo Carlos Pereira, de 22, e Teilor Michael Martins, 20. Um investigado não foi encontrado, portanto as diligências continuam para localização e prisão dele.
Os policiais civis, ainda, cumpriram sete mandados de busca e apreensão, sendo que, em uma das residências alvo, um casal foi surpreendido pela equipe com drogas, balança de precisão, dinheiro e outros objetos relacionados ao tráfico. Jéssica Tais Silva, de 20 anos, e Cleiton Henrique Fernando, de 23, foram presos em flagrante e vão responder pelo delito. Durante o trabalho, a equipe apreendeu também alguns objetos com suspeita de origem ilegal, como um carro e uma moto.
Trabalho integrado
A Operação Alastor, além da unidade de Três Pontas, contou com o apoio da Regional de Varginha e das delegacias de Boa Esperança, Elói Mendes e Guapé. Foram empenhados mais de 50 policiais e 14 viaturas. Colaboraram, ainda, uma equipe da Guarda Municipal de Três Pontas com atuação no trânsito do entorno da delegacia e duas equipes da Secretaria de Estado de Administração Prisional (SEAP) para condução dos presos.
Na avaliação do delegado regional de Varginha, Roberto Alves Barbosa, o resultado da operação foi muito positivo. “A Polícia Civil se sente vitoriosa e satisfeita com esse trabalho, porque, além de afastar pessoas que ameaçavam os moradores de seu bairro para ali estabelecer o tráfico de drogas e colocar medo nos demais integrantes do grupo, tira uma quantidade considerável de droga do comércio”, destaca. Ele destaque que a ação transcorreu sem nenhum incidente.
Proteção
De acordo com o delegado Gustavo Gomes, o adolescente e a família dele, temendo um mal maior, saíram do município e tiveram seus nomes submetidos ao ingresso no Programa Estadual de Proteção, Auxílio e Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita/MG).
“Alastor”, nome dado à operação, remete a um personagem da mitologia grega conhecido por castigar duramente os homens pelos erros cometidos (vingança). Nessa definição, a Polícia Civil buscou, exatamente, investigar o delito e responsabilizar aqueles que o praticaram.
GRUPO COM NOTÍCIAS DO POR DENTRO DE MINAS NO WHATSAPP
Gostaria de receber notícias como essa e o melhor do Por Dentro de Minas no conforto por WhatsApp. Entre em grupos de últimas notícias, informações do trânsito da BR-381, BR-040, BR-262, Anel Rodoviário e esportes.
Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.
Acompanhe o Por Dentro de Minas no YouTube
Assista aos melhores vídeos com as últimas notícias de Belo Horizonte e Minas Gerais. Informações em tempo real.