A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações referentes ao crime de furto qualificado pelo abuso de confiança e fraude, cometido por funcionário de uma grande empresa nacional, atuante no segmento de prestação de serviços. O suspeito, de 39 anos, teria subtraído uma quantia superior a R$ 600 mil.
De acordo com as investigações, coordenadas pela equipe da 3ª Delegacia de Polícia Civil Centro, em Belo Horizonte, a empresa foi alvo de delitos cometidos pelo investigado entre 2016 e 2021. Ele se valia das prerrogativas do cargo de analista administrativo financeiro para furtar os valores.
Segundo apurado, o suspeito agia duplicando determinadas operações financeiras (pagamentos de verbas a outros funcionários) realizadas dentro da empresa, de forma que lançava no sistema interno de gestão financeira e contábil, por intermédio de token, login e senha fornecidos em razão de sua função, a mesma operação para o empregado ao qual o pagamento era devido. Simultaneamente, ele realizava o pagamento de quantia idêntica em seu favor (duplicava o pagamento), utilizando, inclusive, dados bancários e pessoais de sua conta.
Analisando a documentação contábil, fiscal e de registros internos, é possível notar a dinâmica do delito, bem como a habitualidade, recorrência e continuidade do crime, praticado mais de 160 vezes.
O suspeito foi indiciado por furto qualificado pelo abuso de confiança e fraude, cuja pena pode chegar a oito anos de reclusão.
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