Jogo do bicho e cassinos ganham apoio de políticos pela legalização das atividades

Mesmo após mais de 100 anos da criação, ainda hoje o jogo do bicho é popular no Brasil, atraindo cada vez mais apostadores na modalidade. Porém, o mesmo é ilegal há 80 anos, mas nem mesmo isso impediu que o jogo seguisse crescendo e sendo explorado em todo o país.

Com o avanço da tecnologia, vieram também sites de todos os segmentos, inclusive instruções sobre como jogar no jogo do bicho são facilmente encontradas online, em portais especializados na modalidade, com dicas, passo a passo, resultados e muito mais.

Porém, com um jogo tão tradicional e que mostra evolução mesmo sendo ilícito, já que está comprovado que a ilegalidade não impede que a população siga apostando, o tema da legalização é fortemente debatido, inclusive, pode trazer diversos benefícios para o governo.

Além disso, nas discussões para a legalização, não é apenas o jogo do bicho que entra no assunto, mas também as apostas esportivas e cassinos, que hoje atraem diversos apostadores brasileiros em casas de apostas online.

Ministro da Casa Civil encabeça lista de apoiadores

Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil de Bolsonaro, é um dos apoiadores da legalização dos jogos no Brasil, inclusive, contando com a ajuda do filho do presidente, Flávio Bolsonaro. O ministro visitou Las Vegas, nos Estados Unidos, local conhecido como o paraíso dos jogos. Lá, conferiu como funcionam as instalações da maior rede de cassinos do mundo, conversando com empresários como Sheldon Adelson, que é um dos donos que estaria disposto a investir no Brasil, em caso de legalização.

Além disso, Arthur Lira (PP/AL), presidente da Câmara dos Deputados, é outro apoiador, e inclusive criou um grupo de trabalho focado no debate para a legalização dos jogos no país. Em novembro, houve uma votação na Câmara, que aprovou um requerimento de urgência para votar um projeto de lei que legaliza os jogos de azar. O mesmo ocorre na primeira semana de fevereiro de 2022.

Portanto, a expectativa é alta para que em 2022 o Brasil legalize as apostas, como em Jogo do Bicho, bingo, cassino e corrida de cavalo. Porém, ainda sem uma definição, o que resta é aguardar, e quem for favorável, torcer para um desfecho positivo.

Brasil pode ter diversas vantagens com legalização

É importante ressaltar que os jogos de azar no Brasil estão proibidos há décadas, porém, desde dezembro de 2018, um decreto de lei possibilita as apostas online. Dessa forma, os brasileiros podem usufruir tranquilamente dos jogos, desde que pela internet.

Com isso, as empresas invadem o Brasil, pela web, atraindo apostadores e gerando lucros, que não são repassados ao país, já que as casas de apostas estão licenciadas e regulamentadas em outros locais, pagando taxas e impostos para os mesmos.

Portanto, os brasileiros apostam, mas o Brasil não recebe absolutamente nada, e essa é a primeira situação vantajosa em caso de legalização. Dessa forma, com leis próprias, o país passaria a legalizar a entrada de empresas fisicamente, com isso, elas teriam que pagar taxas e impostos, e os valores não são pequenos.

Como comparação, o coordenador acadêmico do curso da Fundação Getúlio Vargas em Gestão, Marketing e Direito no esporte, Pedro Trengrouse, disse em entrevista ao portal GMB que o governo brasileiro deixa de arrecadar mais de R$ 30 bilhões em impostos por ano sem uma legalização.

Os valores recebidos pelo governo com a legalização podem seguir os mesmos moldes do que ocorre com as loterias federais, repassando parte para esporte, cultura e educação, com programas como o Comitê Olímpico, incentivando os atletas.

Outro ponto favorável é que com a possível chegada de empresas físicas, o país acabaria gerando emprego, já que elas precisariam de mão de obra desde a construção, até para garantir a operação diária, contratando pessoas no país.

Por fim, a questão do turismo é outro ponto para se levantar. Por exemplo, com cassinos integrados em resorts, turistas viriam para o Brasil, movimentando a economia local e nacional, além de atrair investimentos estrangeiros.