Em mais uma ação para coibir crimes contra o patrimônio em Belo Horizonte, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante um homem, de 26 anos, suspeito de integrar grupo interestadual especializado em aplicar o “golpe do motoboy”. O homem foi preso na quinta-feira (16/9), no bairro Santo Antônio, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Além da prisão, os policiais civis conseguiram identificar e qualificar um suspeito do Rio de Janeiro e outro de São Paulo.
De acordo com o delegado Guilherme Santos, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil Sul e responsável pela investigação, o suspeito foi preso após denúncia de um empresário que procurou a delegacia. Segundo ele, uma pessoa se passando por um policial civil, entrou em contato afirmando estava com uma ordem judicial para cumprir buscas em um imóvel que pertence a vítima. “O advogado desse empresário achou suspeito, e fez uma ocorrência, que chegou para a PCMG. E a partir do filtro que a inteligência da regional faz, começamos a verificar a situação”, afirmou Santos.
Após os primeiros trabalhos de investigação, foi possível verificar que os envolvidos estavam vinculados a outras ocorrências, do chamado “golpe do motoboy”.
Equipes policiais foram enviadas para o local onde o suspeito se encontraria o empresário para o cumprimento da falsa ordem judicial. Com a chegada do suspeito, foi dada voz de prisão. Foram apreendidos com o homem: R$ 1 mil em espécie; dois aparelhos celulares; uma máquina de cartão de crédito, três motocicletas e sete cartões de diferentes vítimas. Das motos apreendidas, duas delas já teriam sido utilizadas em golpes aplicados em meses anteriores.
Além da prisão do homem de 26 anos, foi verificada a participação de mais duas pessoas, um homem que reside no estado de São Paulo e outra pessoa no estado do Rio de Janeiro, que foi identificado como um dos responsáveis por gerenciar a organização criminosa. “Nesse caso específico a gente já tem identificado um indivíduo de São Paulo, um do Rio de Janeiro e o outro de Contagem, que atuava aqui na região. Já estamos com esses três indivíduos qualificados e analisando a participação de um quarto indivíduo, que já se encontra preso no Rio de Janeiro”, ressalta Santos.
As investigações prosseguem.
Golpe do motoboy
Prática delituosa em que a vítima recebe uma ligação telefônica do golpista que se passa por um funcionário de estabelecimento bancário. Ele informa que o cartão da vítima foi clonado e que deve ser bloqueado. O falso funcionário solicita dados da vítima, inclusive a senha, e recomenda que o cartão seja cortado ao meio, preservando o chip. Em seguida, o golpista diz que um motoboy vai até o endereço para recolher o cartão para analisar possíveis compras irregulares. O detalhe é que ao cortar o cartão ao meio, o chip não é danificado. Então, com senha e chip disponíveis, e os golpistas realizam compras em estabelecimentos diversos.
Como agir: Desligue o telefone e consulte seu gerente sobre alguma irregularidade. Nenhum banco pede o cartão de volta ou oferece para buscá-lo em casa. Quando precisar destruir seu cartão, corte em várias partes e não deixe o chip inteiro.
A ação contou com apoio de policiais civis da Delegacia Regional Sul e da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ).
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