Investigações concluem que rivalidade em baile funk foi motivo para morte de inocente

A disputa entre duas gangues pelo domínio do tráfico de drogas na região do bairro Cachoeirinha, região Leste de Belo Horizonte, está sendo apontada pela Polícia Civil como motivação para o tiroteio ocorrido em um baile funk, na madrugada no dia 22 de janeiro deste ano. Durante a confusão, quatro pessoas foram atingidas, sendo que um jovem de 17 anos, Jonathan Santos Freitas, não resistiu aos ferimentos e morreu.

Levantamentos realizados pela Polícia Civil indicam que nenhum dos feridos tinha envolvimento com atividades criminais. Em razão desse homicídio, Fabrício Alves da Silva, de 19 anos, foi preso durante abordagem policial, e outras cinco pessoas, já identificadas, estão foragidas. Três pertencem à gangue de Fabrício, sendo eles Westerley Tiago de Oliveira (conhecido como Nem da Chuchu), de 28 anos; Alex Junio Santos da Veiga (o AJ), de 19; e Kaique Luciano da Fonseca Gomes (o Tico), de 20. Já os rivais envolvidos na troca de tiros são Junio Henrique Lopes Amorim, e Emeson Fonseca Coimbra (o Índio), ambos de 19 anos. Todos os suspeitos estavam armados, inclusive com uma submetralhadora artesanal. Qualquer informações sobre a localização dos foragidos pode ser comunicada à Polícia Civil pelo 197, ou pelo Disque Denúncia 181, de forma anônima.

Conforme a delegada responsável pelas investigações Alice Batello, o baile em questão “é frequentado por criminosos de diversas regiões de Belo Horizonte. As duas gangues envolvidas na confusão atuam na Pedreira Prado Lopes, região Noroeste da capital, mas estão em uma disputa pelo comércio de drogas naquele local”. Ainda de acordo com a delegada, a região atraiu o interesse dessas duas gangues depois que o tráfico de entorpecentes no local foi enfraquecido após inúmeras operações policiais que resultaram na prisão de importantes traficantes.

Rivalidade acirrada
Após a troca de tiros ocorrida durante o baile funk, as duas gangues voltaram a se encontrar, ainda naquela noite, no Aglomerado da Pedreira Prado Lopes. Na ocasião, o integrante de um dos grupos foi atingido e morreu. Na semana seguinte, na mesma região, a rivalidade entre as gangues resultou em outro assassinato. Os dois homicídios estão sendo investigados pela Polícia Civil.