Durante operação realizada na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Civil prendeu três suspeitos de participarem da execução de Alan Silva Bruzzi, de 32 anos. Conforme investigação, Tiago Felipe Batista da Silva, de 23 anos, Lucas Nobra da Silva, de 24, e Bruno Flávio Batista de Abreu, de 25, seriam responsáveis pelo homicídio ocorrido no dia 7 de novembro do ano passado, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A Polícia Civil também identificou os possíveis mandantes do crime. Amilton Rogério Silverio da Costa (o “VP”), de 31 anos, e Netanias Serrão de Almeida (o “Neto”), de 41, chefes do tráfico na região do bairro Chácaras Del Rey (local do crime), estão foragidos. Qualquer informação sobre a localização dos suspeitos pode ser comunidade à Polícia Civil pelo 197, ou pelo Disque Denúncia 181, de forma anônima.
De acordo com levantamentos, Alan era topógrafo na Prefeitura do Rio de Janeiro, mas abandonou a carreira depois de conhecer uma jovem em Minas Gerais. Por conta desse relacionamento, Alan ingressou no tráfico de drogas, o que resultou no seu homicídio. Vítima e suspeitos faziam parte da mesma gangue.
Tráfico e morte
A delegada que coordena as investigações, Gislaine Rios, relata que tudo começou a partir do momento em que a vítima conheceu uma jovem por meio de redes sociais. Alan participava de um grupo que reunia usuários de drogas, onde teve contato com a garota.
No carnaval, Alan veio a Minas visitar familiares, que moram em Contagem, ocasião em que se encontrou com essa jovem. “Ele se apaixonou perdidamente, abandonando família e carreira para viver esse amor”, contou a delegada.
Alan se mudou então para Contagem, onde passou a dividir uma casa com a namorada. Para sustentar o vício do casal, procurou traficantes da região a fim de comercializar entorpecentes. Ainda de acordo com a delegada, para ingressar no grupo, traficantes exigiram uma prova de fidelidade, ordenando que Alan matasse um alvo, o que foi feito pelo rapaz.
No entanto, após o sumiço de uma grande carga de drogas, os integrantes da gangue suspeitaram que o roubo tivesse o envolvimento de Alan. Por essa razão, foi ordenada sua morte. No dia do crime, quatro pessoas, sendo que uma delas ainda não foi identificada, entraram na casa da vítima e disparara diversas vezes contra Alan.
Após o homicídio, muros do bairro foram pichados com os seguintes dizeres: “Morador que depor, é finado”.
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