Além de ser uma das primeiras mulheres a compor e cantar rock no Brasil, Rita Lee, 67, tem dedicado boa parte de seu trabalho à luta “femealista”, como prefere rotular. “Sou fêmea, da raça, mais macho que muito homem”, costuma dizer a ruiva, que recentemente assumiu os cabelos grisalhos.
Em 50 anos de carreira, Rita falou em suas canções de menstruação (“Cor-de-rosa Choque”), de menopausa (“Menopower”) e, de quebra, homenageou mulheres poderosas, como Pagu, Luz del Fuego, Elis Regina e Scarlet Moon. “Elas querem é poder”, determina ela no primeiro verso de “Todas as Mulheres do Mundo” – música do álbum homônimo lançado em 1993 que, entre outras coisas, afirma que “toda mulher é meio Leila Diniz”.
Rita, por sua vez, é a soma resultante de todas elas. Foi esse justamente o maior desafio de Mel Lisboa, atriz que encarna a Rainha do Rock no musical “Rita Lee Mora ao Lado”, que chega a Belo Horizonte para curtíssima temporada no Cine Brasil nos dias 28 (sábado) e 29 (domingo).
“Uma das características mais fortes da Rita é a multiplicidade. Ela é muitas mulheres em uma só. Quem conhece sabe que ela tem alter-egos com nome e sobrenome. Ela não sabe explicar de onde vêm essas personagens, mas são pessoas que vivem dentro dela. Então, não era papel simples. Tive que criar uma Rita em cima de algo muito concreto, que existe, que pode me assistir. Eu não sabia como fazer e ninguém ia me dizer. Não tinha outro jeito senão estudar muito e viver de Rita o dia todo, incansavelmente”, conta a atriz, que se apaixonou pela biografada já no início dos trabalhos. “Em alguns momentos da pesquisa, queria de verdade ser a Rita Lee”, confessa.
Para dar vida nos palcos à eterna Ovelha Negra, Mel precisou de aulas de violão e canto para superar a autocrítica e perder o medo da própria voz. “Como eu não cantava, fiquei, a princípio, com muita vergonha. Até porque nunca gostei da forma que soa a minha voz. Mas encarei. Fui de encontro a tudo isso e hoje já é bem mais confortável, já sei como fazer. Não é que não cometa erros, mas já não tenho mais medo do erro. Acho que estou mais solta, mais à vontade e mais Rita”, acredita a atriz, que travou verdadeiras batalhas para cantar sucessos como “Agora Só Falta Você”, “Saúde”, “Banho de Espuma”, “Caso Sério”, “Menino Bonito”, “Panis et Circensis” e “Ando Meio Desligado”.
Rita Lee Mora ao Lado
Dir. Débora Dubois e Márcio Macena
Cine Theatro Brasil Vallourec (r. dos Carijós, 258, centro, 3201-5211). Sábado (28), às 18h e 21h; e domingo (29), às 20h. R$ 120 (inteira, plateia 1, 1º lote) e R$ 100 (inteira, plateia 2, 1º lote).
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